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Arquitetos: Renzo Piano Building Workshop
- Área: 2200 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Michel Denancé, Paul Raftery
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Fabricantes: Tribu
Descrição enviada pela equipe de projeto. A arte de inserir uma construção em meio a uma quadra histórica significa participar ativamente do diálogo físico do lugar. Construir sobre uma estrutura existente também representa uma oportunidade mais ampla para um projeto de renovação, uma recuperação do espaço. A nova sede da Fundação Jérôme Seydoux-Pathé é uma presença inesperada, um volume curvo flutuando sobre o prédio, ancorado por poucos apoios. No terreno, existe ainda, uma ilha de vegetação que surge em meio ao contexto cinza da cidade.
A Fundação Jerôme Seydoux-Pathé é uma organização dedicada à preservação do patrimônio de Pathé e à divulgação da arte cinematográfica. Sua nova sede está localizada no centro de uma quadra no distrito 13, onde um antigo teatro de meados do século XIX, foi transformado em uma sala de cinema no século seguinte (um dos primeiros em Paris) e posteriormente foi modificado radicalmente em 1960.
O novo edifício acomodará os arquivos de Pathé com alguns espaços para exposições temporais e para a coleção permanente (incluindo uma sala de projeção com 70 lugares) e os escritórios da Fundação.
O projeto requeria a demolição dos dois edifícios existentes para criar uma "criatura" orgânica que desse uma melhor resposta às restrições do local. (A ideia era responder ao programa funcional e representativo solicitado pela Fundação, e ao mesmo tempo aumentar a qualidade do espaço que rodeia a nova construção). A fachada voltada à avenida des Gobelins foi restaurada e conservada devido seu valor histórico e artístico. Decorado com esculturas de [um jovem] Auguste Rodin, não é somente um marco histórico, mas também um edifício emblemático para área de Gobelins.
Um novo edifício transparente, logo atrás da fachada, funciona como principal acesso a fundação. Similar a uma estufa, a estrutura oferece vista para o jardim interior através da permeabilidade do pavimento térreo, que aloja as funções principais do projeto.
O desenho peculiar desse edifício é determinado pelos principais limites e requisitos do local. Sem deixar de respeitar as distâncias, o projeto melhora a entrada de luz natural e a circulação de ar nos edifícios adjacentes. Diante da diminuição da planta, o projeto cria um espaço para um jardim na parte posterior do terreno.
O pavimento superior do edifício está feito de vidro, proporcionando luz natural aos espaços do escritório da Fundação.
Desde a rua, o edifício é percebido através (e sobre) a fachada restaurada, como uma presença discreta durante o dia e brilhando suavemente durante a noite.